OS DESAFIOS DO TDAH NA ADOLESCÊNCIA

Um dos sintomas do TDAH em Adolescente é a; Desatenção: Dificuldade em manter o foco nas tarefas escolares, esquecimento frequente de compromissos e distração constante durante atividades cotidianas.

Outro sintoma do TDAH em Adolescente é a; Hiperatividade: Embora a hiperatividade possa diminuir em comparação com a infância, alguns adolescentes com TDAH ainda podem experimentar inquietude física e impulsividade.

A adolescência é uma fase de transição desafiadora para a maioria dos jovens, mas para aqueles que enfrentam o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), os desafios podem ser ainda mais significativos. Neste artigo, exploraremos os aspectos específicos do TDAH na adolescência, fornecendo insights sobre os sintomas, desafios comuns e estratégias de apoio.
ASSUNTO IMPORTANTE!
Seu filho adolescente vive no mundo da lua? Não presta atenção em nada? Esquece roupas ou material escolar em todos os lugares? Tem dificuldade de ouvir, de seguir regras, de organizar o quarto e os seus pertences?
Todas essas características aparecem em algum nível ou momento, sobretudo ao longo da infância ou da adolescência. Mas se tornam constantes e fogem do controle diante do TDAH, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Isso significa que os sintomas têm impacto considerável no aprendizado, nas relações sociais e no desenvolvimento escolar e profissional de crianças, adolescentes e adultos. TDAH na adolescência
“Quando diagnosticado na adolescência, o TDAH frequentemente é acompanhado de outras comorbidades, como transtornos de ansiedade, sintomas depressivos e prejuízos escolares, que se acumularam ao longo dos anos. Há ainda a possibilidade desse adolescente desenvolver problemas de comportamento, como transtorno opositivo ou de conduta”, alerta o psiquiatra Sergio Nolasco, com especialização em psiquiatria e psiquiatria da infância e adolescência na Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP. O especialista explica que também há um risco aumentado de dependência química em pessoas com TDAH sem diagnóstico — o que costuma iniciar na adolescência. “O desafio é tratar as comorbidades que se apresentam junto com os sintomas de TDAH, mas ainda cursar com uma melhora importante e de grande impacto positivo na vida do paciente”, afirma Nolasco. Sintomas
O TDAH é caracterizado pela presença de sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade. Ao todo, essa condição possui 18 sintomas, divididos em 3 grupos: 9 relacionados à desatenção, 6 à hiperatividade e 3 à impulsividade. Dentro da desatenção, alguns sintomas diversos que podem sinalizar o transtorno vão desde começar uma tarefa e não terminar, não se atentar a detalhes durante a execução de algo ou distratibilidade, ou seja, uma facilidade demasiada de desviar a atenção por estímulos externos insignificantes.
Diagnóstico
O diagnóstico é clínico, feito por meio da avaliação de um profissional experiente e habilitado. No caso da criança e do adolescente, ele é feito com a presença de seis sintomas, que não necessariamente aparecem juntos. Na criança, é mais comum notar os sinais de impulsividade e hiperatividade. Mas com o passar dos anos, no caso dos adolescentes, os sinais de desatenção podem se intensificar, levando em conta que, muitas vezes, o paciente passa a ter um autocontrole da hiperatividade e impulsividade.
De forma geral, os estudos mostram maior incidência de casos em meninos, no entanto, existe uma ideia de que as meninas podem ter um quadro mais voltado para desatenção e, dessa forma, menos observável e diagnosticável.
Tratamento
Na maioria dos casos, o tratamento é multidisciplinar e envolve psiquiatra ou neuropediatra, psicólogo, fonoaudiólogo, psicopedagogo — que faz a interface com a escola —, além de professores e mediadores em sala de aula, de acordo com os prejuízos apresentados pelo paciente nas diferentes áreas do desenvolvimento.
“O uso de medicamentos em adolescentes é comum, já que os remédios garantem uma boa resposta terapêutica, enquanto outras estratégias de tratamento dificilmente atingem a mesma taxa de resposta nos sintomas do TDAH”, explica Nolasco.